GONDAR: freguesia do concelho de Gestaço
Gondar foi freguesia do
concelho de Gestaço até à sua integração no atual concelho de Amarante, em
1836, no âmbito da reforma administrativa então efetuada.
O concelho de Gestaço confinava, a poente, com o de Gouveia, a nascente, com a honra de Ovelha do Marão e era delimitado, a norte, pelo rio Tâmega. A ponte do Arquinho, posta a descoberto aquando das recentes obras de requalificação deste espaço, ligava as sedes dos dois concelhos (Gouveia e Gestaço). Era aqui que se localizavam as respectivas casas de Câmara, os pelourinhos e as cadeias: na margem direita da ribeira, as de Gestaço e, na margem esquerda, as de Gouveia.
Nas Inquirições de D. Afonso II (1220) apenas faziam parte de Santa Maria de Gestaço: Aboadela, Bustelo, Candemil, Carneiro, Gondar, Lufrei, Padronelo, Sanche, Várzea e Vila Chã. No entanto, Aboadela, ou Santa Maria de Bobadela (que incluía Canadelo), constituía a “Honra de Ovelha do Marão”, tendo recebido o seu primeiro foral em 1196.
Em 1258 (Inquirições de D. Afonso III) já são mencionadas as freguesias de Ansiães (esta, em 1220, era apenas um lugar da freguesia de Aboadela) e Santa Maria de Jazente. As freguesias de Carvalho de Rei e Madalena são de criação posterior (apenas sabemos que, em 1258, havia no lugar do Covelo um mosteiro chamado de Santa Maria Madalena, que deve ter estado na origem do nome desta freguesia).
Gestaço (ou Agrestaço) recebeu o seu foral em 1514, concedido por D. Manuel I (Forais Novos). Dele falaremos na próxima publicação.
Na “Corografia Portuguesa” do P. António Carvalho da Costa, de 1706, documento que hoje publicamos, são mencionadas as treze freguesias que, na época, constituíam o concelho de Gestaço. Nele, Santa Maria de Gundar merece especial destaque, sendo mencionada em primeiro lugar.
A eventualidade de Ovelhinha ter sido sede do concelho de Gestaço, com a respetiva casa de Câmara, não tem qualquer fundamento, uma vez que, até hoje, não foram encontradas provas documentais que o confirmem. Em nosso entender, confundiram Ovelhinha com Ovelha do Marão que, na verdade, foi concelho e teve Casa da Câmara. Em 1758, nas “Memórias Paroquiais”, Santa Maria Madalena, aqui designada também por “Cabeceiras de Gestaço”, aparece, ainda, como sede de concelho. Diz-se: “tem juiz ordinário, dois vereadores e procurador e escrivão da câmara…”.
O concelho de Gestaço confinava, a poente, com o de Gouveia, a nascente, com a honra de Ovelha do Marão e era delimitado, a norte, pelo rio Tâmega. A ponte do Arquinho, posta a descoberto aquando das recentes obras de requalificação deste espaço, ligava as sedes dos dois concelhos (Gouveia e Gestaço). Era aqui que se localizavam as respectivas casas de Câmara, os pelourinhos e as cadeias: na margem direita da ribeira, as de Gestaço e, na margem esquerda, as de Gouveia.
Nas Inquirições de D. Afonso II (1220) apenas faziam parte de Santa Maria de Gestaço: Aboadela, Bustelo, Candemil, Carneiro, Gondar, Lufrei, Padronelo, Sanche, Várzea e Vila Chã. No entanto, Aboadela, ou Santa Maria de Bobadela (que incluía Canadelo), constituía a “Honra de Ovelha do Marão”, tendo recebido o seu primeiro foral em 1196.
Em 1258 (Inquirições de D. Afonso III) já são mencionadas as freguesias de Ansiães (esta, em 1220, era apenas um lugar da freguesia de Aboadela) e Santa Maria de Jazente. As freguesias de Carvalho de Rei e Madalena são de criação posterior (apenas sabemos que, em 1258, havia no lugar do Covelo um mosteiro chamado de Santa Maria Madalena, que deve ter estado na origem do nome desta freguesia).
Gestaço (ou Agrestaço) recebeu o seu foral em 1514, concedido por D. Manuel I (Forais Novos). Dele falaremos na próxima publicação.
Na “Corografia Portuguesa” do P. António Carvalho da Costa, de 1706, documento que hoje publicamos, são mencionadas as treze freguesias que, na época, constituíam o concelho de Gestaço. Nele, Santa Maria de Gundar merece especial destaque, sendo mencionada em primeiro lugar.
A eventualidade de Ovelhinha ter sido sede do concelho de Gestaço, com a respetiva casa de Câmara, não tem qualquer fundamento, uma vez que, até hoje, não foram encontradas provas documentais que o confirmem. Em nosso entender, confundiram Ovelhinha com Ovelha do Marão que, na verdade, foi concelho e teve Casa da Câmara. Em 1758, nas “Memórias Paroquiais”, Santa Maria Madalena, aqui designada também por “Cabeceiras de Gestaço”, aparece, ainda, como sede de concelho. Diz-se: “tem juiz ordinário, dois vereadores e procurador e escrivão da câmara…”.
Miguel Moreira
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