NOSSA SENHORA DO CARMO DE OVELHINHA
Desconhecida
de muitos, a capela de Nossa Senhora do Carmo, em Ovelhinha, é uma pequena jóia do património
artístico e cultural de Gondar.
Retábulo da Capela da S.ª do Carmo (Ovelhinha - Gondar) |
De estilo barroco, o seu retábulo, em talha de madeira dourada e policromada, impressiona pela sua exuberante decoração baseada principalmente em parras e folhas de acanto que, espalhando-se e cobrindo todo o conjunto, se misturam, em perfeita harmonia, com grande quantidade de anjos, aves (fénices) e meninos alegóricos (“putti”). De cada lado, duas colunas torsas profusamente decoradas, com capitéis coríntios, suportam o entablamento que serve de apoio a dois arcos concêntricos que rematam o conjunto.
Nossa Senhora do Carmo (Ovelhinha - Gondar) |
No centro, um nicho alberga a imagem de Nossa Senhora do Carmo, também ela de estilo barroco.
Dois
anjos tocheiros delimitam o corpo da capela e o espaço do altar. E, do lado do
Evangelho, um púlpito, com uma expressiva decoração com flores de acanto,
completa o cenário.
De salientar o equilíbrio e a harmonia de todo o conjunto, quer na decoração quer na forma, que julgamos poder datar-se da 1.ª metade do século XVIII.
Nossa Senhora do Carmo:
De salientar o equilíbrio e a harmonia de todo o conjunto, quer na decoração quer na forma, que julgamos poder datar-se da 1.ª metade do século XVIII.
Nossa Senhora do Carmo:
Nossa Senhora do Carmo tem origem no séc. XII, quando um
grupo de eremitas se fixou no Monte Carmelo, na Palestina, iniciando um estilo
de vida simples e pobre, seguindo o exemplo de Cristo. Ali construiram uma
capela em honra de Nossa Senhora.
Tempos depois, os Carmelitas mudaram-se para a Europa, tendo
passado por grandes dificuldades e perseguições. Em 16 de Julho de 1251, quando
rezava no seu convento de Cambridge, Inglaterra, Simão Stock, superior geral da
Ordem, pediu a Nossa Senhora um sinal de proteção. Apareceu-lhe, então, Nossa
Senhora, trajando o hábito dos Carmelitas, que lhe ofereceu o escapulário,
dizendo: “Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não
padecerá a perdição no fogo eterno”.
Miguel
Moreira (texto)
João
Sardoeira (fotografia)
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