OVELHINHA E
A II INVASÃO FRANCESA
Foi em Maio
de 1809. Ovelhinha viveu os piores dias da sua existência: casas incendiadas,
os haveres pilhados e a população barbaramente martirizada. Um autor fala em trinta e cinco mortos: “Quando passei na freguesia de Santa Maria de
Gondar, que chorava ainda a tirana morte de trinta e cinco dos seus
habitantes...” e, continua... “Ovelhinha foi reduzida a cinzas. Real foi tratada
semelhantemente”. (1)
Em Gondar, os mortos foram tantos que tiveram de ser enterrados nos campos. (2)
Em Gondar, os mortos foram tantos que tiveram de ser enterrados nos campos. (2)
Ruínas da II Invasão Francesa em Ovelhinha - Gondar |
Só a 12 de
Maio, com a vitória das forças do general Silveira, na batalha do Marancinho, e
a derrota e consequente retirada das tropas de Loison, as populações se viram
livres do terror infligido pelos franceses.
Para trás,
ficou, no entanto, um povo destroçado, com as habitações destruídas, os seus
haveres pilhados e a chorar os seus mortos. Algumas casas de Ovelhinha, que não
chegaram a ser reconstruídas, atestam, ainda hoje, essa onda de destruição e
barbárie.
Miguel Moreira
( (1)- Frei Tomás de Santa Teresa, “Viagem Sentimental à Província do Minho em
Agosto e Setembro de 1809”, Lisboa, Impressão Régia, 1809.
- Azeredo, Carlos de, “Invasão do
Norte 1809”, Tribuna da História, Lisboa, 2004.
- Azeredo, Carlos de, “Aqui Não
Passaram”, Civilização Editora, Porto, 2006.
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