A FEIRA DO CAVALINHO
Estamos em Abril e era em
Abril que, no Cavalinho, para além das habituais feiras a 12 e 28 de cada mês,
se realizava, no dia 29, a feira franca anual conhecida por “Feira dos Burros”.
Nesta, em vez do gado bovino e suíno, os “reis da festa” eram o gado cavalar e
o muar. A tradicional “corrida dos burros”, muito concorrida, era a grande
atração, para gáudio e divertimento dos feirantes e da populaça. O vinho verde
da região, servido nas tradicionais canecas de
porcelana e acompanhado por um naco de anho assado ou pelo biscoito da
Teixeira, ajudava a animar a festa.
As fotos que apresentamos, da autoria do fotógrafo amarantino Eduardo Teixeira Pinto, datam dos anos 50 e 60, do séc. XX, e ilustram bem a afluência que a feira tinha nos seus tempos áureos.
A propósito, transcrevemos da página da JFG o texto seguinte:
"A Feira do Cavalinho, em Gondar, tem raízes ancestrais e a sua fundação está relativamente bem documentada.
Os registos que dela persistem datam da época das Invasões Francesas e atestam que se realizava no dia 12 de cada mês pelo facto de no lugar de Ovelhinha existir uma outra feira que se realizava mensalmente no dia 17.
No entanto, no reinado de D. Maria II, por imposição régia, a Feira do Cavalinho teria que ser mudada para a cidade de Amarante pelo que a Rainha mandou as tropas necessárias para que o seu mandato fosse seguido. Contudo, a população reagiu e opôs-se a tal decisão bloqueando todas as passagens possíveis a fim de impedir que a feira fosse deslocada. Tal intento foi conseguido dado que a Feira que acabou por ser transferida foi a que se realizava no lugar de Ovelhinha. Perante esta situação um fidalgo conhecido por “Alexandre Velho” solicitou à Monarca que esta concedesse mais um dia de feira, presentemente o dia 28 de cada mês.
A Feira do Cavalinho é bastante conhecida, pois a ela acorrem muitas pessoas que não são locais, especialmente agricultores e negociantes de gado. Esta afluência aumenta em determinadas épocas do ano, nomeadamente pelo S. Miguel, pelo Santo André e pelo Carnaval e prende-se com o facto de, nestas alturas, existirem maior número de produtos ligados à agricultura para comercializar. Predomina o comércio de gado especialmente bovino e suíno mas, também se comercializam utensílios agrícolas e legumes para plantar, confecções, pão regional, peixe e o famoso Biscoito da Teixeira."
Quanto à data da sua criação, desconhecemos a data exacta, mas sabemos que é posterior a 1758, já que a "Memória Paroquial de Gondar" não a refere, fazendo apenas referência à que se realizava em Ovelhinha aos 17 dias de cada mês. Estamos em crer que a do Cavalinho foi criada após a abertura da estrada pombalina, pelos finais do século XVIII.
Feira do Cavalinho (Anos 50) - Foto de Eduardo Teixeira Pinto |
Feira do Cavalinho - Gondar (Fotografia de Eduardo Teixeira Pinto) |
As fotos que apresentamos, da autoria do fotógrafo amarantino Eduardo Teixeira Pinto, datam dos anos 50 e 60, do séc. XX, e ilustram bem a afluência que a feira tinha nos seus tempos áureos.
A propósito, transcrevemos da página da JFG o texto seguinte:
"A Feira do Cavalinho, em Gondar, tem raízes ancestrais e a sua fundação está relativamente bem documentada.
Os registos que dela persistem datam da época das Invasões Francesas e atestam que se realizava no dia 12 de cada mês pelo facto de no lugar de Ovelhinha existir uma outra feira que se realizava mensalmente no dia 17.
No entanto, no reinado de D. Maria II, por imposição régia, a Feira do Cavalinho teria que ser mudada para a cidade de Amarante pelo que a Rainha mandou as tropas necessárias para que o seu mandato fosse seguido. Contudo, a população reagiu e opôs-se a tal decisão bloqueando todas as passagens possíveis a fim de impedir que a feira fosse deslocada. Tal intento foi conseguido dado que a Feira que acabou por ser transferida foi a que se realizava no lugar de Ovelhinha. Perante esta situação um fidalgo conhecido por “Alexandre Velho” solicitou à Monarca que esta concedesse mais um dia de feira, presentemente o dia 28 de cada mês.
A Feira do Cavalinho é bastante conhecida, pois a ela acorrem muitas pessoas que não são locais, especialmente agricultores e negociantes de gado. Esta afluência aumenta em determinadas épocas do ano, nomeadamente pelo S. Miguel, pelo Santo André e pelo Carnaval e prende-se com o facto de, nestas alturas, existirem maior número de produtos ligados à agricultura para comercializar. Predomina o comércio de gado especialmente bovino e suíno mas, também se comercializam utensílios agrícolas e legumes para plantar, confecções, pão regional, peixe e o famoso Biscoito da Teixeira."
Quanto à data da sua criação, desconhecemos a data exacta, mas sabemos que é posterior a 1758, já que a "Memória Paroquial de Gondar" não a refere, fazendo apenas referência à que se realizava em Ovelhinha aos 17 dias de cada mês. Estamos em crer que a do Cavalinho foi criada após a abertura da estrada pombalina, pelos finais do século XVIII.
Miguel Moreira
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