GONDAR EM 1726
REITORIA E COMENDA DA
ORDEM DE CRISTO
“Hoje
é esta igreja reitoria e comenda da Ordem de Christo, de que é Comendador Thomé
de Sousa Coutinho, 2.º Conde de Redondo e reitor o Padre Domingos Ferreira da
Silva; tem sacrário e huma capella filial de Santo Amaro, em o lugar de
Ourelinha; nesta igreja se achão alguns letreiros de que faremos menção; e
alguns houve antigamente, que já não existem; como foi hum, que estava no arco
da capella-mór, que antiguamente era muito baixa, e
nelle estava huma imagem do Senhor Cruxificado, São João e Nossa Senhora, nas
ilhargas; e por baixo, em roda do dito arco, hum letreiro gothico, que dezia o
seguinte:
ESTE CRUZEIRO MANDOU PINTAR O FILHO DO DUQUE DE BRAGANÇA
Este duque foi D. Jaime, filho de D. Jaimes, 4.º Duque de Bragança que foi comendador desta comenda no anno de 1548, por cuja ordem e procuração foi então feito tombo della, e por despacho do Provisor de Braga, o Licenciado Sebastião Gonçalves em tempo do Arcebispo D. Manuel de Sousa.” (1)
ESTE CRUZEIRO MANDOU PINTAR O FILHO DO DUQUE DE BRAGANÇA
Este duque foi D. Jaime, filho de D. Jaimes, 4.º Duque de Bragança que foi comendador desta comenda no anno de 1548, por cuja ordem e procuração foi então feito tombo della, e por despacho do Provisor de Braga, o Licenciado Sebastião Gonçalves em tempo do Arcebispo D. Manuel de Sousa.” (1)
Igreja do Mosteiro de Gondar |
Nota: As comendas podem-se considerar como sendo um benefício que
se atribuía aos eclesiásticos e aos cavaleiros das ordens militares, dado como
recompensa de serviços prestados com carácter social ou militar. Estas podiam
revestir-se de carácter perpétuo e temporal. As
primeiras recebiam a designação de regulares e eram destinadas exclusivamente
aos eclesiásticos professos e as segundas eram destinados a cavaleiros
professos, a título de compensação, passando a ter direitos de administração da
localidade encomendada, com carácter temporário que se transformou em vitalício
e mais tardiamente em usufrutuário.
(1)- in CRAESBEECK, Francisco Xavier da
Serra, MEMÓRIAS RESSUSCITADAS DA PROVÍNCIA DE ENTRE DOURO E MINHO NO ANO DE
1726, Edições Carvalhos de Basto, Ponte de Lima, vol. II, página 56.
Fotografia: Rota do Românico
Miguel
Moreira
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