A CASA DA “FERREIRINHA” EM PADRONELO
Dona Antónia Adelaide
Ferreira, conhecida proprietária da região Duriense, teve uma forte ligação com
a estrada pombalina que percorreu inúmeras vezes ao longo da sua vida. A sua
atividade profissional exigia que repartisse o seu tempo entre o Douro, onde
possuía dezenas de quintas, e a cidade do Porto, onde, com bastante frequência,
se se deslocava para tratar dos negócios relacionados com o vinho do Porto.
Casa da Ferreirinha em Padronelo |
A partir daí a produção de
vinhos do Douro não pára de aumentar. Os vinhos eram transportados em pipos de
madeira até ao Porto (mais concretamente Vila Nova de Gaia) onde era armazenado
nas caves para serem exportados.
Figura incontornável do Alto Douro vinhateiro, esta mulher, símbolo do empreendedorismo duriense, construiu um enorme império ao longo do século XIX. Para o gerir, repartia o seu tempo entre a Régua, onde residia, e a cidade do Porto, onde possuía um palácio no Largo da Trindade e tratava dos negócios relacionados com a exportação dos seus vinhos. Nas suas deslocações à cidade invicta fazia-o, a maior parte das vezes, pela estrada pombalina que, por Mesão Frio e Amarante, ligava a Régua ao Porto. A viagem por barco era muito morosa e perigosa e o combóio só chegou à Régua em 1879.
Figura incontornável do Alto Douro vinhateiro, esta mulher, símbolo do empreendedorismo duriense, construiu um enorme império ao longo do século XIX. Para o gerir, repartia o seu tempo entre a Régua, onde residia, e a cidade do Porto, onde possuía um palácio no Largo da Trindade e tratava dos negócios relacionados com a exportação dos seus vinhos. Nas suas deslocações à cidade invicta fazia-o, a maior parte das vezes, pela estrada pombalina que, por Mesão Frio e Amarante, ligava a Régua ao Porto. A viagem por barco era muito morosa e perigosa e o combóio só chegou à Régua em 1879.
Apesar de construída
recentemente (finais do séc. XVIII), a estrada pombalina, sobretudo entre Mesão
Frio e Amarante, era muito sinuosa e com declives bastante acentuados. A viagem
demorava alguns dias e era necessário pernoitar pelo caminho. Para o efeito, a
Ferreirinha possuía algumas casas ao longo do percurso. Uma delas era em
Padronelo, o que lhe permitia descansar para a dureza da viagem pelo Cavalinho e Reboreda
fora até aos Padrões da Teixeira e, depois, até à Régua. Com 27 compartimentos, distribuídos por quatro pisos, a moradia possibilitava a acomodação de toda a comitiva de Dona Antónia que não seria pequena.Virada a nascente, com a serra do Marão no horizonte e próxima do rio Ovelha, possui vistas deslumbrantes para o Marão e para o vale.
A casa ainda lá está,
abandonada e em ruínas, com certeza com muita história e estórias para contar.
Miguel Moreira
Recentemente a casa mudou de proprietários e está a ser alvo de uma reabilitação que, aparentemente, julgamos exemplar.
ResponderEliminar