CAPELA DE SANTO ANTÓNIO DA SAÍDA
Em ambiente bucólico e integrada num singular conjunto
arquitetónico que inclui uma bonita habitação de cariz senhorial, a capela de
Santo António da Saída, passando quase despercebida a quem transita pela
estrada municipal que conduz à Igreja do Mosteiro de Gondar, merece-nos uma
cuidada visita.
Capela de Santo António da Saída (Gondar - Amarante) |
Retábulo da capela de Santo António da Saída |
Uma provisão da Mitra
Arquiepiscopal de Braga, que se conserva no Arquivo Distrital de Braga, datada de 2 de Março de 1752, “a favor do Padre
Gonçalo Nunes Valente, Vigário colado da freguesia de São Martinho de Carvalho
de Rei, para edificar uma capela com a invocação de Santo António, no lugar de
Saída, da freguesia de Santa Maria de Gondar”, pode ser a chave para a datação da
construção desta capela, que se deve ter iniciado nesse mesmo ano de 1752. O Padre Gonçalo Nunes Pereira Valente, filho de João Nunes Pereira, nasceu em Gondar, no lugar de Real, em 1691, foi Vigário colado da Paróquia de Carvalho de Rei entre 1728 e 1760 e faleceu aos três dias de Janeiro de 1762, na sua casa no lugar da Saída.
Também a "Memória Paroquial de Gondar", escrita pelo Padre António Coelho Pedroza, em 20 de março de 1758, referencia esta capela, já construída, nos seguintes termos: "Tem outra (capela) no lugar da Salida com invocaçom do senhor Santo António que mandou eregir o padre Gonçallo Nunes Pereira Valente, vigário de São Martinho de Carvalho de Rei". (ver http://pesquisa.adb.uminho.pt/details?id=1289187&ht=carvalho ).
Com base nestes dois documentos, podemos afirmar, sem margem para dúvidas, que a construção da capela se efetuou entre os anos de 1752 e 1758.
Também a "Memória Paroquial de Gondar", escrita pelo Padre António Coelho Pedroza, em 20 de março de 1758, referencia esta capela, já construída, nos seguintes termos: "Tem outra (capela) no lugar da Salida com invocaçom do senhor Santo António que mandou eregir o padre Gonçallo Nunes Pereira Valente, vigário de São Martinho de Carvalho de Rei". (ver http://pesquisa.adb.uminho.pt/details?id=1289187&ht=carvalho ).
Com base nestes dois documentos, podemos afirmar, sem margem para dúvidas, que a construção da capela se efetuou entre os anos de 1752 e 1758.
![]() |
Registo de Óbito do P. Gonçalo Nunes Valente (3/01/1762) |
O conjunto arquitetónico, constituído pela habitação, capela e anexos, prima pela sua localização privilegiada sobranceira ao rio Ovelha e pela envolvência de vinhedos primorosamente cuidados que lhe conferem uma atmosfera romântica, reforçada pelo verde das trepadeiras que revestem a quase totalidade das fachadas.
Miguel Moreira (texto e fotografia)